Das belíssimas grutas descobertas por Peter Lund – naturalista dinamarquês considerado o pai da paleontologia no Brasil – em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, até as ruelas de Pompeia – antiga cidade do Império Romano, na Itália. Esses lugares únicos despertam o interesse de centenas de turistas. E, além de toda a programação que pode incluir um passeio, é preciso se atentar para um detalhe que faz toda a diferença: a necessidade de contratar um guia de viagem.
Em alguns destinos, principalmente os de aventura ou locais com florestas, montanhas e desertos, além dos que têm muita história, fica praticamente impossível desfrutar de tudo sem a ajuda de um profissional especializado. Por mais que os guias digitais e impressos possam conter uma gama de mapas, informações e rotas de direcionamento, em certos lugares, essas orientações podem não ser o bastante. Nem todas as atrações são preparadas com informações suficientes aos turistas, fazendo com que o passeio descontraído se torne um pesadelo.
Experiências
Turista experiente, Baltazar Almeida, 64, já visitou 67 países. Em vários desses destinos, como os túneis da guerra no Vietnã, ou as florestas intocadas em Laos e, ainda, a travessia da fronteira do Butão, é praticamente impossível aproveitar e fazer um passeio seguro sem a orientação de um guia de viagens.
“Na fronteira com o Siquim, na hora que chega à ponte, eles recolhem seu passaporte e ‘somem’ com ele. Só no hotel somos avisados que o passaporte será entregue no dia seguinte, na hora do passeio, com autorização para entrar no país. Mas eles explicam isso para os guias, no idioma deles e depois em inglês, e eu não sou fluente. Para lá, recomendo ir com um guia contratado daqui”, relata.
Economizando tempo
Procurada por turistas principalmente na primavera, no verão e no outono, Londres é uma cidade inesgotável em qualquer época do ano. Clarissa Donda, guia brasileira na cidade, explica que mesmo no inverno, que pode ser um período não agradável para muitos brasileiros não acostumados com o frio, ter um guia local pode fazer a diferença no aproveitamento do tempo.
“Um guia pode sempre te ajudar a localizar, perdendo menos tempo e aproveitando mais o dia de passeio. Em Londres, a segunda maior capital da Europa, com tanta coisa, além de referências de história, cultura e arte, é preciso um guia para não só direcionar aos pontos turísticos, mas um aprofundamento em cada um deles em vários aspectos. O melhor de Londres é o que há entre uma atração e outra, o caminho, e isso, por exemplo, só um guia mostra”, explica.
Como contratar
A presidente da Associação dos Guias de Turismo do Brasil em Minas, ( Agturb-MG), Shirley Bacelar, no Estado, há 700 guias formalizados, sendo 190 em Belo Horizonte. “Os profissionais são indicados dependendo da demanda turística, já que alguns são mais capacitados para atender grupos de estudante, da terceira idade ou de amigos”, explica Shirley.
‘Pseudoguias’. Shirley recomenda, sempre, a contratação de um profissional credenciado, já que este pode evitar que o turista entre em furada. A Agturb-MG e agências de viagens podem indicar esses profissionais tanto em nível regional e nacional quanto internacional. “É possível sair de Minas com um guia, inclusive bilíngue, para qualquer destino. Existem vários “pseudoguias”, que por falta de conhecimento, acabam denegrindo a história local”, diz.
Indicação. O boca a boca vale, e muito, na hora de contratar um guia. Muitos deles têm sites e extensa rede social. Acompanhar os comentários faz toda a diferença.
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